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3 de junho de 2011

Ando tão à flor da pele, qualquer beijo de novela me faz chorar.
Ando tão à flor da pele que teu olhar "flor na janela" me faz morrer.
Ando tão à flor da pele, meu desejo se confunde com a vontade de não ser.
Ando tão à flor da pele que a minha pele tem o fogo do juízo final.

Barco sem porto, sem rumo, sem vela,
Cavalo sem sela.
Bicho solto, um cão sem dono.
Um menino, um bandido.
Às vezes me preservo, noutras, suicido!

Zeca Baleiro -